Riscos de infarto no inverno aumentam em 30%

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Pacientes com doenças cardiovasculares tendem a sofrer mais com as baixas temperaturas que acabam sobrecarregando o coração

O infarto do miocárdio, também conhecido como ataque do coração, é decorrência do entupimento de uma artéria. Isso acontece devido ao acúmulo de gordura que se deposita na parede da artéria do coração, dificultando a circulação sanguínea e facilitando a formação de coágulo que pode bloquear a passagem do sangue.

De acordo com o Dr. Marcelo Cantarelli, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia Intervencionista (SBCI), os riscos de infarto no inverno aumentam em 30% em relação às outras épocas do ano, principalmente em pessoas mais velhas e com doenças coronarianas. Esse fator está associado ao fenômeno de vasoconstrição. “Para não perder calor, os vasos se contraem, mantendo assim a circulação sanguínea na parte central do corpo, que tem uma sobrecarga no coração e o faz trabalhar com mais força para atender as necessidades cardíacas”, explica o presidente da SBCI.

Entre os sintomas do infarto estão: dor no peito, que vem acompanhada de suor, tontura, náusea, falta de ar, sensação de desmaio, batimentos cardíacos descompassados, forte pressão no peito ou nas costas, que demoram a ‘sumir’, além de começar a se espalhar pelos ombros, braços ou pescoço. O coordenador da Campanha Coração Alerta e cardiologista Dr. Hélio Castello alerta que “dor acima do umbigo é sinal de perigo”, ou seja, todos devem ficar atentos com as dores para evitar uma suficiência cardíaca ou até mesmo uma morte súbita. “As maiores vítimas do infarto costumam ser fumantes, hipertensos, diabéticos, pessoas com altos níveis de colesterol ou com antecedentes de familiares que tenham sofrido infarto antes dos 55 anos”, explica Dr. Hélio.

Modos de prevenção

Para prevenir-se dos males dos problemas cardiológicos, o Dr. Hélio sugere que as pessoas visitem seus cardiologistas para uma avaliação criteriosa, ajuste o medicamento e, caso sejam liberados, mantenham a prática regular de exercícios físicos e evitem sair desagasalhadas para prática dos mesmos no período com temperaturas mais baixas. “Os cuidados básicos para não sofrer com as doenças cardiorrespiratórias são: fazer check-up periódico, manter alimentação balanceada, controlar a pressão arterial, glicose, colesterol e peso”, afirma o especialista.

Mitos e verdades do infarto

• Infarto ocorre apenas em quem fuma? – MITO. Porém vale salientar que os fumantes têm muito mais chance de desenvolver esta doença;

• Quem teve um infarto fica incapacitado para toda a vida? – MITO. Atualmente existem tratamentos eficazes para se propiciar uma boa qualidade de vida para estes pacientes, porém é importante que os cuidados iniciais sejam tomados muito rapidamente, pois “tempo é vida”;

• As vítimas de infarto podem ajudar a si mesmas tossindo com força repetidas vezes? – VERDADE. Basta inspirar antes de tossir profundamente, como se fosse expelir catarro do peito e repetir a sequência inspirar ou tossir a cada dois segundos, até que chegue o socorro ou o coração volte a funcionar normalmente;

• A inspiração profunda leva oxigênio aos pulmões e a tosse contrai o coração, fazendo com que o sangue circule? – VERDADE. A pressão da contramão do coração, também o ajuda a retomar o ritmo normal;

• O melhor tratamento para o infarto é o cateterismo cardíaco seguido de angioplastia? – VERDADE. Pois deve ser realizado nas primeiras horas e os índices de sucesso podem ser maiores que 90%.

Fonte: http://www.segs.com.br/saude/72911-riscos-de-infarto-no-inverno-aumentam-em-30.html

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